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Inoculação de sementes de milho traz economia para o produtor


A tecnologia de inoculação com Azospirillum brasiliense no milho foi desenvolvida pela Embrapa e já é utilizada em várias regiões no Brasil, contribuindo para o aumento de produtividade e redução de custos das lavouras.


O Azospirillum brasiliense é um gênero de bactérias que promove o crescimento de plantas. Associadas a gramíneas, como o milho, a bactéria realiza a fixação biológica de nitrogênio (FBN), entre outros processos benéficos para a planta.

Na pesquisa, verificou-se que a inoculação das sementes com essa bactéria aumentou o teor de rendimento de milho, tanto nas plantas não fertilizadas com adubo nitrogenado, quanto nas que receberam o nitrogênio na adubação de cobertura. “O efeito benéfico da inoculação com bactérias diazotrópicas deve-se à produção de substâncias promotoras de crescimento, solubilização de fosfatos, aumento da resistência das plantas ao estresse e à própria fixação biológica de nitrogênio”, explica pesquisador da Embrapa, Inocêncio Oliveira.


O estudioso conta que, no caso do milho, o processo de fixação consegue suprir parcialmente a demanda da planta pelo nutriente, por isso é necessária complementação com a adubação de cobertura para ter melhor rendimento, conforme foi verificado nos experimentos. A adubação de cobertura nessa cultura é realizada, aproximadamente, entre 20 e 40 dias após o plantio.


Quando se utilizou apenas a inoculação das sementes com Azospirillum brasiliense, sem usar posteriormente a adubação de cobertura, houve ganho de produtividade de 1.000 kg/ha em relação aos plantios realizados, nas condições da região, o que representa 38% maior que nos cultivos sem nitrogênio.


Em outra situação, em que se utilizou as doses recomendadas de nitrogênio na adubação de cobertura, o ganho em produtividade foi elevado a mais que o dobro (127%) comparado ao cultivo sem adubação nitrogenada.

Segundo Oliveira, a inoculação das sementes com a bactéria associada à adubação nitrogenada em cobertura aumentou em torno de três mil quilos por hectare o rendimento de milho no experimento.


Fonte: Senar

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