O cultivo da soja está proibido em Santa Catarina até 20 de setembro deste ano. Essa medida é prescrita pelo Decreto nº 516/2022 do Ministério da Agricultura do Estado como forma de prevenir e reduzir a incidência da ferrugem asiática nas lavouras.
O decreto também estipula que é proibido plantar novas culturas ou manter plantas vivas em qualquer estágio de desenvolvimento, exceto o plantio.
A ferrugem asiática é causada por um fungo chamado Phakopsora pachyrhizi, que afeta o desenvolvimento das plantas e a formação de grãos. A regulamentação está de acordo com o Plano Nacional de Controle da Ferrugem da Soja Asiática do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A interrupção temporária da produção evita a propagação de fungos que precisam de plantas saudáveis para prosperar.
A ferrugem asiática, descoberta no Japão em 1902 e detectada pela primeira vez no Brasil durante a safra 2021/2022, causou danos de US$ 2 bilhões, mas segundo o Instituto Nacional da Indústria do Brasil, os danos podem chegar a US$ 3,8 bilhões até agora. Controlar custos superiores a US$ 3 bilhões.
A produção de soja em Santa Catarina tem crescido exponencialmente. Na época da safra 2020/2021, a área cultivada atingiu 696,3 mil hectares, um aumento de 52% em 10 anos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Neste ano, a produção de soja deverá atingir 2,8 milhões de toneladas em 760 mil hectares.
As principais lavouras estão concentradas em Xanxerê, Campos Novos, Canoinhas e Curitibanos. O maior produtor é a região de Xanxerê, com mais de 500 mil toneladas por safra.
No estado de Santa Catarina, a soja está envolvida em cerca de 17 mil propriedades, gerando 2,8 bilhões de reais em receita.
Fonte: ndmais.com.br
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