A planta daninha buva (Conyza spp.) está entre as principais encontradas em todo o mundo. As principais espécies são Conyza bonariensis, Conyza canadensis e Conyza sumatrensis .
Apresenta ciclo de vida anual e porte herbáceo, com elevada produção de sementes, encontradas em diversos ambientes agrícolas, como por exemplo, lavouras de grãos.
Gênero com espécies amplamente adaptáveis, de grande diversidade genética e complexa identificação morfológica na diferenciação entre espécies. A dispersão da buva ocorre exclusivamente por meio de sementes.
A buva é uma planta daninha comum em grandes culturas, como a soja e milho, e estudos indicam a redução da produtividade da soja e do milho se não realizar o correto controle da mesma.
Algumas características ajudam a explicar a alta interferência da buva, entre as quais o crescimento vigoroso, alta produção de sementes e outras características como adaptabilidade e agressividade podem ajudar a explicar a dominância de espécies de buva em alguns ambientes.
Nos últimos anos a repetida utilização dos mesmos herbicidas tem causado o surgimento de populações resistentes. No Brasil, tem se intensificado os relatos de buva resistente, com resistência múltipla aos herbicidas clorimurom, glifosato e paraquate.
Infere-se que é relevante a adoção de diversificadas estratégias e frentes de ação para o controle químico com rotação de herbicidas de diferentes mecanismos de ação, inclusive a associação dessas medidas com as medidas não químicas, como as que geram palha no sistema, são cruciais (pois a buva apresenta semente fotoblástica positiva). Um sistema de plantio direto bem implantado, limpeza de implementos e colhedoras, manejo de herbicida pensando em sistema e aplicações assertivas são parte das boas práticas agrícolas no manejo integrado de plantas daninhas (MIPD).
Práticas de implantação de “mix” de culturas de cobertura e terceiro cultivo (no lugar da entressafra, como é o caso do trigo ou aveia em algumas regiões), pode minimizar o impacto da buva, mitigando ou quase eliminando os fluxos de emergência da mesma.
O produtor deve ter atenção para não se confundir resistência a herbicidas, como mau controle. Portanto, cuidado especial com estádio da buva para controle (ideal é de 6 a 8 folhas), intervalo entre aplicações sequenciais e condições ambientais no período das aplicações. Havendo comprovação de populações resistentes, é necessário a substituição do mecanismo de ação e configuração de novas associações de herbicidas, dentro do conjunto do MIPD.
Fonte: maissoja
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