O trigo é uma Liliopsida anual pertencente à família Poaceae e ao gênero Trítícum. A espécie de trigo de maior interesse comercial é o Trítícum aestívum [PCeRL1] L. (trigo comum), utilizado na panificação, produção de bolos, biscoitos, massas e produtos de confeitaria. Um dos fatores limitantes do potencial de rendimento da cultura de trigo é a interferência causada pelas plantas daninhas. O controle inadequado das plantas daninhas (espécie vegetal que se desenvolve onde não é desejada) é um dos principais fatores relacionados ao baixo rendimento da cultura de trigo. As principais plantas daninhas do trigo, dentre as Liliopsidas, são o azevém (Lolium multíflorum), a aveia preta (Avena strígosa), e a aveia branca (Avena satíva); já dentre as Magnoliopsidas, o cipó-de-veado (polygonum convo/vu/us), o nabo (Raphanus raphanístrum e R. satívus), a serralha (Sonchus oleraceus), são as mais comuns no Brasil e que causam maiores danos ao trigo. Em anos em que o inverno apresenta temperaturas médias mais elevadas, é comum observar, em lavouras de trigo, espécies de verão como o picão-preto (Bidens pilosa e Bídens subaltemans), leiteiro (Euphorbía heterophylla) e poaia (Richardía brasílíensís), além de plantas voluntárias de soja (Glycíne max) ou milho (Zea mays). O azevém e a aveia preta tiveram suas ocorrências e densidades aumentadas nos últimos anos. Isso pode ser devido ao uso destas espécies para cobertura do solo e também pela dificuldade de controle na cultura de trigo e nos demais cereais de inverno. As perdas causadas pela interferência das plantas daninhas no rendimento de grãos de trigo podem ser devidas à competição, pelo efeito da alelopatia ou, indiretamente, reduzindo a qualidade do produto colhido. A competição ocorre quando qualquer fator do ambiente (água, luz, nutrientes, etc.) é dividido entre a cultura e as plantas daninhas, tornando limitante o alcance do rendimento potencial da cultura (RICE, 1984).
Fonte: Embrapa
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